domingo, 1 de julho de 2012

País das Maravilhas


E eu tinha um pequeno vestido,
azul e branco, como céu.
Um dia andava sorridente,
em meus sonhos negros,
e em um Mundo colorido caí.
Em uma versão distorcida,
da menina vivida,
que só queria sorrir.

Então eu vi a madame, ela era gorda
feia, e rabugenta, tentou me comer!
Mas eu corri! Meu vestido balançava,
tudo realçava em meus olhos.
A menina estava em um Mundo colorido,
manchado com sangue, sangue de suas memórias.

O gato era horripilante, um sorriso largo
surreal.
Tudo era tão mágico, tão hipnotizante.
Um local intocável.
Florestas, damas e sons, tudo imutável.

E também tinha uma Rainha,
perversa, essa era a pior.
Queria fazer de gato e sapato a pobre menina,
coitadinha,
tão indefesa, tão pequenina,
tão perdida em seus próprios sonhos.

Mas ali era o Mundo,
apenas seu.
Ali era seu local.
Ali era seu País das Maravilhas.

Será que ela é tão indefesa assim?