
Vida fatídica,
amontoada em seus carros,
no trânsito parado,
da cidade velha,
uma cidade tão velha,
que a perspectiva de vida,
era ficar lá, parado, estagnado.
A vida não é nada bela,
os carros correm pela viela,
a vida acelera,
o tempo passa,
a idade aumenta,
o ser só lamenta,
aquilo que deixou de fazer.
Queria eu saber de tudo,
para construir um Mundo,
a onde existisse apenas o bom,
a onde todos fossem felizes,
mas até esse Mundo.
Seria macambúzio, diante de mim,
Já que a vida se resume a isso,
se lamentar pelo que deixou de viver.
Ainda me lamento,
pelo tempo,
tempo que perdi,
parado aqui,
vendo essa coisa toda rodar,
sem parar,
vendo o tempo passar.
A frase estúpida,
o verso bobo,
o texto repetido,
tudo sempre no mesmo encargo,
o pobre dessa vida,
vida vivida,
vida que vivo.
E mesmo o deslizar da pena,
não transmiti todo o temor,
todo o rancor,
todo o sofrimento,
que é viver.
E não importa a extensão,
do texto ou a locução do leitor,
a vida é sempre assim,
um rodopio de incertezas e insatisfações,
uma vida sempre incompleta,
uma vida... Que nunca foi realmente vivida.
Lamento essa vida, vida que todos nós vivemos.