quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Queria

Queria o passado,
voltar no tempo, escrever o certo.
Queria saber de tudo que sei agora.
escolher o caminho mais claro.

Queria não cometer os mesmos erros,
desenhar os acertos.
Queria bebericar da alegria,
sem precisar me iludir.

Queria desatar os nós,
desenrolar a grande teia de falsas verdades.
Queria desdenhar o que deve ser desenhado
e valorizar o que deve ser valorizado.

Queria me desculpar,
por titubear e balançar tantas e tantas vezes.
Queria ter os olhos que tenho agora,
poder ver além, do que podia.

Queria deslanchar os versos
em um lindo poema.
Queria encantar com as palavras,
mas o único encanto é o fim do texto.


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Nunca mais sua


Você me fez chorar
gritar
espernear.
Usou-me sem dó e sequer me deu um beijo.

Você me fez pedir
implorar
suplicar.
Desligou o telefone, apagou-me de sua agenda.

Você me fez sua
sempre
sempre sua.
Eu fui sua, mas você nunca foi meu.

Você me fez de boba
estúpida
tola.
Disse que me amava, uma mentira, a mais cruel.

Você me fez de tudo
e eu só queria mais,
chorar mais, sorrir mais, amar mais.
Deu-me adeus, me enchendo de esperança.

Você me fez...
Você fez de mim...
Fez de mim o que queria.
Me fez gritar, implorar, ser tola e me prometeu.
Me prometeu felicidade.

Não há mais gritos
súplicas.
Não sou mais sua, nem sou tola.
Não fará mais nada.

Não sou mais sua...

Dedicado à Tami Rafaeli(Tamy).
Não chore mais por quem não te merece.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Fim da Peça



Às vezes a vida nos prega peças
não peças maravilhosas,
não grandes explosões de sucesso e alegria,
apenas, peças, desastrosas peças.

Como tudo começou?
apenas em uma dança teatral,
rodopiando em busca de um sonho
onde o sonho ia terminar?
límpido como o maior espelhado das águas
indo e vindo.
não importa para onde as águas foram,
apenas restou um rio sujo, e um teatro fechado.

Não há mais sonhos, tão pouco esperança.
A peça terminou,
e não houveram aplausos.
Apenas o silêncio, o silêncio do fim.

Mais um fim de peça.
Mais uma lágrima.
Mais um adeus.
Mais um fim.



sábado, 18 de fevereiro de 2012


São os atos, desatados,
os laços.
Que como emaranhados nos unem.
e de entre laços desatados e emaranhados criados.
Eu me perdi.

São como linhas escritas
grifadas.
Estrofes e textos, palavras
 entre versos e orações.
Eu me perdi.

Entre promessas, ditas sinceras
cujos punhos batiam em exuberância.
Tolas palavras frívolas, ditas no calor
 e esquecidas no frio, entre tudo.
Eu me perdi. 

Entre as promessas feitas por palavras
às palavras entrelaçadas em laços
falsos laços
sob a teia de verdades mentirosas.
Eu me perdi.

E entre tanta confusão
perdido fique, e a única verdade.
A única coisa que me restou, foi a dura realidade.
Eu nunca a tive, nunca.
No fim, eu sempre estive só.

Só...

Lembro-me

Lembro-me dos sorrisos
do afago e do carinho.
Sinto falta da música de ninar.

Ainda lembro-me das repreensões
dos choros e sorrisos.
Do abraço, confortável,
daquele aperto tão desejável.

Ainda lembro-me das brincadeiras ensinadas
dos aplausos em meus acertos e do conforto em meus erros.
Sinto falta dos seus cabelos.

Lembro-me das discussões
dos olhares, das palavras.
Do amor,
aquele amor que só você conseguia me dar.

Ainda lembro-me de tudo, e prometo não me esquecer de nada.

De nada.

 
Dedicado à Helora(Kisa), lamento sua perda meu anjo.
Estarei aqui no que precisar.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Desistir


O destino me trouxe até aqui
escrever mais um verso, derramar mais uma lágrima.
O quanto mais me afogarei em soluços?
Até que possa sorrir.

Quantas escolhas terei de tomar
quantas vezes terei de ver tudo se acabar, aqui.
O quanto me afogarei em soluços?
Até que possa seguir.

Estou cansado de desatar nós,
grifar linhas em busca de auxiliar alguém que me acha um ninguém.
O quanto mais me afogarei em soluços?
Até que possa sumir.

Eu só quero a paz
que busco desde meus primeiros rabiscos.
O quanto mais me afogarei em soluços?
Até que possa voar em direção do nada, e descansar.

Para qual caminho devo ir
quando todos me levam ao erro.
O quanto mais me afogarei em soluços?
Até que possa...

Até que possa... Desistir.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Fim




Não há nada mais triste que um fim
o termino do meio, os momentos finais
nada é tão doloroso quanto o fim
o fim de uma história, o fim de um amor, o fim.

Traçar os versos, cantar os cânticos
tudo se torna simples e mesquinho diante dele.
O fim,
aquele que transpõem as incertezas e trás as lágrimas.

Todos os te amo, todas as juras,
todas as promessas.
São esquecidas, perdidas, suprimidas por ele,
o fim.

Então que as trombetas soem
que o fim seja anunciado
Mais uma vez a história termina,
os versos segue o ritmo da ultima estrofe.

O fim aproxima-se, lento, cansado de tanto se repetir.
Qual será a próxima vitima, qual será o próximo coração a se partir.
No fim, as lembranças são o que restam
e logo até elas terão seu fim.

O fim...

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Ser Poeta





Um poeta não é Deus,
tão pouco algo além,
Também não se orgulha de rabiscar sentimentos.

Um poeta faz da dor poesia,
rabisca frases que ninguém quer dizer
estraçalha o ódio, e aflora o amor.
Um poeta é como uma pena suja de tinta
rabisca os versos em busca de se encontrar.

Um poeta não se orgulha de ser poeta
nem trilha tal caminho com felicidade,
qual felicidade pode ter, em entender o que ninguém entende.

Um poeta sofre em busca da palavra perfeita
sofre em transmitir o sentimento certo,
com as linhas certas.
Um poeta não é nada, nem tão pouco além,
fazer da dor poesia, e do amor verso não orgulha ninguém.

Ser poeta é ser tolo.
Nada além de um rolo de palavras bobas
Sujando um papel branco, antes perfeito.

Eu um dia sonhei em escrever.
Em dizer o que ninguém quer dizer.
Sonhar em transmitir o sentimento,
que assola os momentos, em transmitir o que sinto por dentro.
Hoje, tudo isso se tornou um eterno tormento.

 O que é ser um poeta, afinal?


Um poema dedicado ao Kuosan, como ele fez para mim, uma retribuição que nunca devia ser dita como retribuição.Um pouco também do quão difícil é, tentar ao menos ser um poeta.




sábado, 11 de fevereiro de 2012

Amizade


Juntos estamos,
chorando, lamentando
sorrindo e brincando.

Quando a terra se tornou vermelha
as asas de sua amizade abriram os mares
deram-me esperança, trouxeram luz para minha vida negra.
  
Juntos estamos,
prometendo, cumprindo
vivendo, seguindo.
 
Quando tudo pareceu ruir
você me ajudou.
Você me fez seguir.
 
Juntos estamos,
gritando, rolando
dormindo, descansando.
 
Quando tudo pareceu terminar.
Você surgiu, nos encontramos.
Obrigado, obrigado, obrigado!

Nós te achamos. 

Esse poema é dedicado à todos os que me ajudam(Meus amigos) mesmo que eu seja um cara complicado para receber ajuda. E também uma homenagem ao anime "Ano Hi Mita Hana no Namae o Bokutachi wa Mada Shiranai"
Obrigado a vocês.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Amor Perdido




Quero sorrir, mas minha boca não se mexe.
Quero chorar, mas as lágrimas secaram.
Quero mentir que tudo está bem, mas a voz não sai
Quero tentar ser feliz, mas minha alma se entristece.

Quero mudar tudo, mas o tempo não permite
Quero gritar, mas não tenho forças.
Quero me agarrar nas esperanças, mas até ela morreu.
Quero abraçá-la, mas você já não vive.

Porque tudo foi tirado?
Porque não posso ser abençoado?
Porque nem mesmo a morte me leva?
Leva até você...

O por favor, espere.
 Apenas mais um pouco...
Vou me livrar desse cárcere.
Só preciso dar mais um adeus.

Um adeus para a vida.
Um adeus para o brilho.
E então, estaremos juntos.
Novamente, mais uma vez, juntos.

Juntos...



terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Anjo




Proteja-me, dos males
da cobiça e discórdia.
Abrace-me no frio,
afague essa alma simplória.

Doe seu corpo,
para me trazer paz.
Sussurre em minha mente,
palavras solenes.

Abra suas asas,
e voe para mim.
Fique ao meu lado,
sempre, até o fim.

Não esqueça suas juras
cumpra suas promessas.
Fique aqui, somente aqui,
escutando meus murmúrios tolos, minha fala burra.

Apenas, proteja-me, proteja o lugar que ando.
Apenas nunca me esqueça, nunca.
E em recompensa, eu lhe esquecerei,
Até nunca mais, meu anjo.