terça-feira, 24 de abril de 2012

Quero você...

Quero você!
Oh Deus! Eu quero!
Quero delinear meus dedos por seu corpo,
bebericar de sua essência, prová-la, senti-la.
O como quero você.

Quero você!
Quero embolar língua com língua,
te fazer gemer, arfar,
gritar.
O como quero você.

Quero você!
Aqui, na minha cama, dividindo o mesmo calor!
Quero que você grite, peça mais, mais, mais
quero, quero-te toda.
O como quero você.

Quero você!
Ah! Te quero tanto, quero tanto provar do seu gozo,
bebericar seu ser, te fazer minha,
sempre minha, para sempre minha.
O como quero você.

Quero você!
Para sempre, em todo instante,
de noite, de dia.
Amassando os lençóis e relaxando completamente sobre minha língua.
O como quero você.

Quero você...
Sim, eu quero.
Te quero inteira, só minha, só minha.
Para sempre, sempre...
O como quero você...

Eu quero você,
eu preciso de você,
tanto para dizer perdidos em três palavras.

Eu Amo Você.

Você... Só você...

sábado, 21 de abril de 2012

Dor



Hoje não vi sol,nem lua
estou aqui no deserto, olhando o nada.
longe de qualquer coisa que possa significar algo
outra vez, mais uma vez, só,
rasgando o peito em dor, tolamente, bobamente.
apenas, só, mais uma vez.

Diferente de tantos, tola dor, tão tola.
apenas a dor, apenas ela me acompanha,
não há porque me sentir só, não é?
injustamente a meu único companheiro é a solidão.
estúpida solidão que me persegue. Porque não me livro de ti?
lá, tão longe está ela,
longe de mim, perto de todos,
então a dor está aqui, perto de mim.

Já clamei, rezei, chorei, pedi, implorei,
que droga de Deus é este? Devora minha alma a cada página
destrói meus sonhos, destrói minha vida.
Destrói tudo.
Eu nunca pedi mais do que peço agora.
Quero a paz prometida, a paz final, onde nem mesmo a dor me acompanhará,
a onde ninguém me acompanhará.
Um medo para tantos, e para mim um desejo,
quanto mais vou ter que caminhar pelo deserto?
 
Até quando estarei só...
Até quando... Até quando...
Hoje eu não vi o sol, nem a lua, nem nada.
Hoje eu não vi você... E talvez nunca mais veja.

Eu me abri, e terminei novamente ferido.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Inspiração


Nada é mais triste
do que a falta de inspiração.
O poeta se sente morto, desnutrido
engolido pela própria essência.
Ele morre.

Nada se compara,
com a perda de um dom.
Tudo se torna marrom, cinza
ou qualquer cor que representa nada.
Ele morre.

Nada é tão maçante,
como ter os sonhos destruídos.
O brilho se perde, não há esperanças
tudo vira nada, tão rápido, tão doloroso.
Ele morre.

Nada é tão significativo,
quanto escrever o amor.
Desenhar seus caminhos tortuosos em palavras,
e fazer duas almas serem unidas pela gramática.
Ele vive.

Nada é tão importante quanto desatar os nós,
encontrar soluções.
Mesmo que simples, comuns, corriqueiras,
tudo ganha brilho.
Ele vive.

Nada é tão importante quanto querer,
e eu quero você.
Não importando o tempo, apenas quero
quero novamente sonhar, e você é meu sonho.
Ele vive.
Nada dito até aqui representa o que sinto,
não representa aquilo que quero dizer.
Mesmo sem palavras, só quero saiba,
você é meu sonho, minha cor e minha inspiração.
Não há mais o que dizer.

Além de que amo você...

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Batalha Perdida



Estou lutando,
lutando para não cometer.
Não tropeçar nos erros,
erros que já tropecei.

Estou lutando,
para esquecer.
Esquecer o que não quero esquecer,
esquecer meu amor por você.

Estou lutando,
tentando ficar igual.
Como se nada mudasse,
uma luta tola, perdida.

Estou lutando,
lutando desesperadamente.
Gritando não,
e suspirando um sim.

Estou lutando,
vivendo uma luta.
Mais uma luta,
a mesma luta, o mesmo erro.

Estou lutando,
lutando em uma guerra.
Em uma guerra,
que infelizmente já está perdida.

E o único ferido serei eu...

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Lua



Ontem eu a vi
bela, desatenta de tudo, apenas brilhando.
no alto, tão distante.
O doce Lua, porque estás tão longe?

Ontem eu a vi
chamei seu nome, gritei desesperado
tentei uivar como os lobos, ser escutado.
O doce Lua, porque não me ouves?

Ontem eu a vi
admirei sua beleza, de forma estúpida
como fazia antes, olhando para seu brilho branco, de seu sorriso.
O doce Lua, porque me privaste de teu esplendor?

Ontem eu a vi
a vi ao lado de outro, mais única que antes
mais bela que antes, sem peso, leve.
O doce Lua, porque me sinto tão triste?

Ontem eu a vi
a vi lá, no mesmo lugar que um dia chamei de nosso
ela estava feliz, tão feliz que sequer me viu.
O doce Lua, me tornei invisível para ti?

Ontem eu a vi
clamei desculpas que não eram para ser ditas
eu nunca mais poderei tê-la junto de mim.
O doce Lua, porque me deixaste?

A doce Lua... Como eu pude perdê-la?