sábado, 21 de abril de 2012

Dor



Hoje não vi sol,nem lua
estou aqui no deserto, olhando o nada.
longe de qualquer coisa que possa significar algo
outra vez, mais uma vez, só,
rasgando o peito em dor, tolamente, bobamente.
apenas, só, mais uma vez.

Diferente de tantos, tola dor, tão tola.
apenas a dor, apenas ela me acompanha,
não há porque me sentir só, não é?
injustamente a meu único companheiro é a solidão.
estúpida solidão que me persegue. Porque não me livro de ti?
lá, tão longe está ela,
longe de mim, perto de todos,
então a dor está aqui, perto de mim.

Já clamei, rezei, chorei, pedi, implorei,
que droga de Deus é este? Devora minha alma a cada página
destrói meus sonhos, destrói minha vida.
Destrói tudo.
Eu nunca pedi mais do que peço agora.
Quero a paz prometida, a paz final, onde nem mesmo a dor me acompanhará,
a onde ninguém me acompanhará.
Um medo para tantos, e para mim um desejo,
quanto mais vou ter que caminhar pelo deserto?
 
Até quando estarei só...
Até quando... Até quando...
Hoje eu não vi o sol, nem a lua, nem nada.
Hoje eu não vi você... E talvez nunca mais veja.

Eu me abri, e terminei novamente ferido.

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