segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Eterna Valsa



Um para cá,
dois para lá,
todo dia,
que o Mundo gira,
as pessoas andam no ritmo de sempre.


Dois para lá,
um para cá,
não há esperança do amanhar mudar,
só uma eterna dança,
dança de seres que fecham os olhos,
e apenas, 
dançam aquela valsa.


Mas que valsa é essa?
Que encanta a maioria,
fascina bilhões e cria e cria na minoria repulsa?

É a Valsa da vida! A valsa de todo dia.
Da rotina, do cansaço, do sentimento estagnado,
é o mesmo ritmo,
um para cá, dois para lá.


Mas eu quero dançar,
diferente do resto,
cantar uma música de ritmo mais lento,
e sair do mesmo ritmo,
quero correr na pista de dança,
arrastar meus joelhos no chão, 
e sorrir em meio da multidão.


Quero rimar de forma pobre,
E me achar bom.
Quero dizer “foda-se” para a sociedade,
e rir das suas faces raivosas,
face essa que sempre surge quando a valsa é criticada.
Sempre surge quando a dança é parada.


Quero libertar-me das amarras,
abraçar e beijar!
Quero me entregar, sem medo de errar.
Quero escapar dessa dança.

Quero sair dessa valsa, 
se uma valsa tiver de ser dançada,
deixarei para dançar a de meu casamento,
mas não a valsa do dia a dia.

Não aquela valsa que agonia.

Não aquela Eterna Valsa.

Não ela...

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