domingo, 5 de janeiro de 2014

Nossa história


Conta um conto
história perdida
perdida em seus olhos
besta em seu sorriso
Minha história,
nossa história.

Uma história rabiscada em lápis
pintada com as cores do arco íris,
alguns toques de negro,
e um rabisco aqui acolá,
uma história realmente vivida,
daquelas dos filmes baseados em fatos reais,
aqueles que te assustam e me fazem rir,
Nossa história.

Tudo em uma só carta,
escrita antes mesmo de dizer o que eu queria,
antes de me roubar a verdade enquanto eu dormia,
uma carta escrita para dizer o quanto amo você.

Sonhos, anseios e tentativas,
risos, medos e falhas,
tudo faz parte da minha história,
minha história com você,
nossa história,
nossa vida.

Um simples desejo,
um simples sonho,
uma ideia tão simples que cresceu,
cresceu e cresceu,
até se tornar uma verdade,
uma vida com você,
é isso que quero ter.

Essa é a nossa história, e mesmo que um dia ela acabe,
nada vai mudar que eu amo você, e só você.

Dedicado à Helora Danielle

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Escolha


Eu escolho,
tu escolhes.
Escolhe o que?
Escolhe por quê?


Escolhe pra que?
o ato de escolher?
só por escolher?
Escolha, e corra o sofrimento dessas escolhas.


Ele escolhe,
nos escolhemos.
Escolhemos para que?
Só por medo de não escolher?


Escolha as escolhas,
com medo de escolher o errado,
ou de errar o certo.
Escolha.


Eles escolheram,
e escolhem o que querem,
escolha, 
mas não se arrependa dela.

A escolha é sua, sempre sua.



domingo, 27 de outubro de 2013

Como seria


Já pensou como seria bom?
Esquecer o amanhã e viver  o hoje?
Dançar essa dança louca,
esquecer só por um minuto como seria e viver como é?
Imagina que loucura.

Você seria mais feliz?


Se  não tivesse amanhã?
Que por algum motivo a Terra explodisse?
Seria o dia mais feliz não seria?
Não ter amanhã, só o hoje.


Não seria tudo mais fácil?

Se você pudesse só pensar,
que não ia ter mais brigas,
nem intrigas, tudo ia acabar,
mesmo com os lamentos,
você não se sentiria mais leve?


Como seria, se o fim pudesse realmente vir?

Eu sei que a terra seria mais confortável,
o ar mais puro,
os pensamentos mais limpos,
porque não existiria preocupações,
só o hoje.



Seria o ultimo dia, mas seria o dia mais feliz do Mundo.

sábado, 26 de outubro de 2013

Livra-te



Essa não é uma poesia, porque palavras rimadas nem versos contidos poderiam expressar, também não vou falar de amor, nem sobre algo intruso, vou falar daquilo que está mais profundo. Dos nossos medos de desejar o errado, os medos de errar no que parece certo. Quantas vezes você deixou de arriscar por medo de não ser amado? Ou então de amar mais do que lhe amam? Não é uma simples equação onde o final é equivalente, ontem as somas, diminuições, multiplacações e divisões sempre terminam em valor igual, mas porque não ser feliz no momento?

Porque somos tolos, bobos tentando viver o futuro, algo que nem aconteceu e que pode vir a nem acontecer, deixamos de viver o minuto para viver a hora, e quando a hora chega achamos que somente  o dia é válido, mas o dia se tornam meses e os meses anos e mal vemos nos lamentaremos eternamente por ter deixado aquele minutinho que um “Vamos” “Sim” “Por favor” ou “Claro” ter passado, tanto medo, tanta angústia, talvez até sofremos se arriscarmos, talvez até trememos de medo, mas, e daí? A vida é assim não é? Se Deus existe ele com certeza está jogando dados em um enorme tabuleiro que chamamos de vida, as vezes vamos correr 6 casas e cair bem em cima de uma armadilha, as vezes podemos andar só 2 e ganhar uma nova rolagem dos dados, quem sabe do futuro? Eu? Bem, eu não  e duvido que você também saiba dele.

Então, na próxima vez que você tremer de vontade de algo, de que seu corpo e coração gritarem por um “Vá” vá e faça, mas lembre-se dos riscos! Porque se lembrando dele, caso eles cheguem você vai estar tão acostumado(a) que sequer vai chorar, só vai sorrir e estar feliz por ter feito o que quis fazer no momento que aquilo foi possível.

Simplesmente, viva. Tire essas correntes.

domingo, 20 de outubro de 2013

A sete palmos da alma


Estou tão longe das estrelas,
não consigo encontrá-las,
mal vejo o resquício de seu brilho,
parece tão pequeninas,
porque os meus sonhos não são refletidos nela?


Sinto-me a sete palmos do chão,
massacrado pela ilusão,
tão pequeno,
com tanta terra jogada em cima do meu caixão,
um rapaz afogado em seu próprio desejo de viver.


Não consigo erguer a mão,
nem tocar seu rosto com meus dedos cálidos,
a única coisa que consigo é rabiscar até as unhas riscarem e quebrarem,
tentando deixar para trás uma mensagem,
para que no futuro alguém veja e ao menos tenha pena do meu sofrimento.


Eu queria tanto poder gritar,
mas tenho medo de exaurir o ar,
e sequer conseguir deixar esse texto para trás,
uma carta de despedida seria tão mais bonita,
infelizmente não há papel, nem vontade, há somente o ar acabando.


A vida me deixando.

Mais uma letra, mais um segundo,
quanto tempo mais a terra vai me consumir? 
Quando os vermes vão chegar e me devorar?
Até quando vou ser obrigado a sustentar,
esse verso estúpido e frouxo.


Só queria romper a barreira de madeira,
enfiar a mão pela terra e sair para olhar o céu,
sei que não chegaria nas estrelas,
mas ao menos eu poderia mais uma vez desejar aos céus,
que as constelações formassem algo bom.


Sou só um homem em uma jaula de madeira,
esperando o corte frio da morte,
ele vem tão lento, tão devagar, chega a judiar da minha alma,
mas ele vem,
e uma hora vai chegar, cortar-me o fio da vida e o inferno acabar.



E eu estarei morto. É tudo tão escuro aqui...

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Texto em Branco e Preto


É tão difícil escolher,
o certo e errado,
o completo e incompleto,
o dizer ou não dizer.



Nesse texto preto e branco,
texto que teve de ser demarcado para o leitor entender,
eu tento transmitir o que não consigo sentir,
um texto alternado, nem certo, nem errado.



É tudo tão parado,
tão inusitado,
e eu não consigo decidir, sim, não, talvez,
mas porque tentar responder o que não quero saber?



Sou um tolo frouxo,
um besta bobo que tenta escrever,
sobre coisas que sequer sabe dizer,
como pude me perder assim, em meio a tantos “Por que”.



Não é possível,
que seja impossível decidir,
porque não, porque sim.
Mas que texto estúpido, porque estou escrevendo?



Nesse texto tão adverso,
controverso,
eu só consigo dizer,
o que não sei fazer.

Como sou estúpido.



Cansei de escrever,
sobre o que fazer,
no fim não importa.



É só um texto, mais um, menos um, e daí?



Viciado


Sou um viciado acabado,
destruído por algo besta,
um ser sem expectativa,
um estúpido que largou tudo,
trocou tudo por nada.


Mas como eu posso parar?
Só de pensar as mãos tremem,
como eu gosto de viajar,
sentir o gosto de sair da realidade,
acho que foi assim que tudo começou.


A realidade era uma boa merda,
era tudo uma desgraceira,
levantar as seis da matina e dormir as 20 da noite,
eu precisava escapar,
precisava estar em um lugar onde nada fosse atrapalhar,
precisava viajar.


Sou um viciado babaca,
um cara quebrado,
um otário acabado.


Todo dia eu olho pra praça,
vejo aquela moça bonita junto do cara bonito,
mas eles não são nada,
porque eles nunca estiveram onde eu estive,
eu já toque as estrelas e vomitei suco divino,
porque eu sou um viciado babaca.
Um filha da puta desgraçado


E você ai que me crítica,
queria ver você aqui escrevendo essa poesia,
poesia de um babaca viciado,
um sonhador não letrado,
um babaca.



Sou um viciado desgraçado,
um otário acabado,
então pra você ai que reclama da vida,
eu tenho que mandar um bom vai se fuder,
você nunca foi um viciado,
e na boa,
eu espero que nunca vá ser.