sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Aquele pedido




Eu escrevo o verso,
não por rabiscar o papel,
incrustar letras em sua mente,
ou desmentir a verdade que se sente.

O verso é sempre sincero,
e dessa vez trás o amor perdido,
aquele sofrido,
que acontece sem nem percebermos,
um verso único, o verso do amor.

O verso é tão sincero,
 que o papel fica manchado de preto,
preto da dor,
de perder meu amor.

Eu até tentei destruir a lembrança
da pequena criança,
que ainda me amava,
Mas essa lembrança,
é apenas lembrança.


Eu queria gritar que não,
queria gritar para você ficar,
como eu queria...

Mas eu não pude, a Deus, porque eu não pedi?

Queria tanto ter mais tempo,
para escrever as memórias desse passado,
que passou,
escrever do meu primeiro amor.

Mas e no fim?
Não teve fim,
tudo acabou, mas nada terminou,
continuo aqui, e você lá.

Não existe um fim,
existe a mim,
e enquanto eu existir,
sempre haverá um amanhã,
um hoje, e um ontem.

E no ontem, meu amor era você,
só você,
você que me fez aprender,
que não existe fim.

Que existe apenas eu...

Mas ainda assim, vestida de noiva,
a ponto de pisar no altar...
estou aqui, rabiscando essa nota de compra,
E um verso que só pergunta...

Porque não pedir para você ficar?”

Mas no fim, não é verdadeiro fim, não é?


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