domingo, 27 de outubro de 2013

Como seria


Já pensou como seria bom?
Esquecer o amanhã e viver  o hoje?
Dançar essa dança louca,
esquecer só por um minuto como seria e viver como é?
Imagina que loucura.

Você seria mais feliz?


Se  não tivesse amanhã?
Que por algum motivo a Terra explodisse?
Seria o dia mais feliz não seria?
Não ter amanhã, só o hoje.


Não seria tudo mais fácil?

Se você pudesse só pensar,
que não ia ter mais brigas,
nem intrigas, tudo ia acabar,
mesmo com os lamentos,
você não se sentiria mais leve?


Como seria, se o fim pudesse realmente vir?

Eu sei que a terra seria mais confortável,
o ar mais puro,
os pensamentos mais limpos,
porque não existiria preocupações,
só o hoje.



Seria o ultimo dia, mas seria o dia mais feliz do Mundo.

sábado, 26 de outubro de 2013

Livra-te



Essa não é uma poesia, porque palavras rimadas nem versos contidos poderiam expressar, também não vou falar de amor, nem sobre algo intruso, vou falar daquilo que está mais profundo. Dos nossos medos de desejar o errado, os medos de errar no que parece certo. Quantas vezes você deixou de arriscar por medo de não ser amado? Ou então de amar mais do que lhe amam? Não é uma simples equação onde o final é equivalente, ontem as somas, diminuições, multiplacações e divisões sempre terminam em valor igual, mas porque não ser feliz no momento?

Porque somos tolos, bobos tentando viver o futuro, algo que nem aconteceu e que pode vir a nem acontecer, deixamos de viver o minuto para viver a hora, e quando a hora chega achamos que somente  o dia é válido, mas o dia se tornam meses e os meses anos e mal vemos nos lamentaremos eternamente por ter deixado aquele minutinho que um “Vamos” “Sim” “Por favor” ou “Claro” ter passado, tanto medo, tanta angústia, talvez até sofremos se arriscarmos, talvez até trememos de medo, mas, e daí? A vida é assim não é? Se Deus existe ele com certeza está jogando dados em um enorme tabuleiro que chamamos de vida, as vezes vamos correr 6 casas e cair bem em cima de uma armadilha, as vezes podemos andar só 2 e ganhar uma nova rolagem dos dados, quem sabe do futuro? Eu? Bem, eu não  e duvido que você também saiba dele.

Então, na próxima vez que você tremer de vontade de algo, de que seu corpo e coração gritarem por um “Vá” vá e faça, mas lembre-se dos riscos! Porque se lembrando dele, caso eles cheguem você vai estar tão acostumado(a) que sequer vai chorar, só vai sorrir e estar feliz por ter feito o que quis fazer no momento que aquilo foi possível.

Simplesmente, viva. Tire essas correntes.

domingo, 20 de outubro de 2013

A sete palmos da alma


Estou tão longe das estrelas,
não consigo encontrá-las,
mal vejo o resquício de seu brilho,
parece tão pequeninas,
porque os meus sonhos não são refletidos nela?


Sinto-me a sete palmos do chão,
massacrado pela ilusão,
tão pequeno,
com tanta terra jogada em cima do meu caixão,
um rapaz afogado em seu próprio desejo de viver.


Não consigo erguer a mão,
nem tocar seu rosto com meus dedos cálidos,
a única coisa que consigo é rabiscar até as unhas riscarem e quebrarem,
tentando deixar para trás uma mensagem,
para que no futuro alguém veja e ao menos tenha pena do meu sofrimento.


Eu queria tanto poder gritar,
mas tenho medo de exaurir o ar,
e sequer conseguir deixar esse texto para trás,
uma carta de despedida seria tão mais bonita,
infelizmente não há papel, nem vontade, há somente o ar acabando.


A vida me deixando.

Mais uma letra, mais um segundo,
quanto tempo mais a terra vai me consumir? 
Quando os vermes vão chegar e me devorar?
Até quando vou ser obrigado a sustentar,
esse verso estúpido e frouxo.


Só queria romper a barreira de madeira,
enfiar a mão pela terra e sair para olhar o céu,
sei que não chegaria nas estrelas,
mas ao menos eu poderia mais uma vez desejar aos céus,
que as constelações formassem algo bom.


Sou só um homem em uma jaula de madeira,
esperando o corte frio da morte,
ele vem tão lento, tão devagar, chega a judiar da minha alma,
mas ele vem,
e uma hora vai chegar, cortar-me o fio da vida e o inferno acabar.



E eu estarei morto. É tudo tão escuro aqui...

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Texto em Branco e Preto


É tão difícil escolher,
o certo e errado,
o completo e incompleto,
o dizer ou não dizer.



Nesse texto preto e branco,
texto que teve de ser demarcado para o leitor entender,
eu tento transmitir o que não consigo sentir,
um texto alternado, nem certo, nem errado.



É tudo tão parado,
tão inusitado,
e eu não consigo decidir, sim, não, talvez,
mas porque tentar responder o que não quero saber?



Sou um tolo frouxo,
um besta bobo que tenta escrever,
sobre coisas que sequer sabe dizer,
como pude me perder assim, em meio a tantos “Por que”.



Não é possível,
que seja impossível decidir,
porque não, porque sim.
Mas que texto estúpido, porque estou escrevendo?



Nesse texto tão adverso,
controverso,
eu só consigo dizer,
o que não sei fazer.

Como sou estúpido.



Cansei de escrever,
sobre o que fazer,
no fim não importa.



É só um texto, mais um, menos um, e daí?



Viciado


Sou um viciado acabado,
destruído por algo besta,
um ser sem expectativa,
um estúpido que largou tudo,
trocou tudo por nada.


Mas como eu posso parar?
Só de pensar as mãos tremem,
como eu gosto de viajar,
sentir o gosto de sair da realidade,
acho que foi assim que tudo começou.


A realidade era uma boa merda,
era tudo uma desgraceira,
levantar as seis da matina e dormir as 20 da noite,
eu precisava escapar,
precisava estar em um lugar onde nada fosse atrapalhar,
precisava viajar.


Sou um viciado babaca,
um cara quebrado,
um otário acabado.


Todo dia eu olho pra praça,
vejo aquela moça bonita junto do cara bonito,
mas eles não são nada,
porque eles nunca estiveram onde eu estive,
eu já toque as estrelas e vomitei suco divino,
porque eu sou um viciado babaca.
Um filha da puta desgraçado


E você ai que me crítica,
queria ver você aqui escrevendo essa poesia,
poesia de um babaca viciado,
um sonhador não letrado,
um babaca.



Sou um viciado desgraçado,
um otário acabado,
então pra você ai que reclama da vida,
eu tenho que mandar um bom vai se fuder,
você nunca foi um viciado,
e na boa,
eu espero que nunca vá ser.


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Equação Incerta



Eu não sei bem,
quando dei valor ao errado,
e o certo ficou de lado.


Não sei bem,
quando esqueci o quanto um valia,
e multiplique você por 10,
te valorizei mais que tudo,
que estúpida tola eu fui,
multiplique você por 10,
e me dividi por mil.


Qual é o valor que eu devia receber,
por me entregar tanto a você.
Eu acho que nenhum,
porque é isso que recebo, enquanto te multiplico por 10,
você mal me multiplica por um.


Sou como um esquadro quebrado,
a medida que faço nunca da exata,
sempre números quebrados,
nunca vou fazer essa equação ser equivalente,
nunca vou fazer o seu valor ser o meu valor.


Sou uma tola boca,
entregada ao amor,
porque eu não acerto,
eu tento, tento e a equação nunca da certo.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Derreta-se



Quero contextualizar,
o prazer de embalar seu corpo com o meu,
quero te levar,
te fazer suspirar,
te fazer gemer como nunca.


Quero bebericar,
seu de seu corpo rosado,
com toques de vermelho de cansaço,
da noite que tivemos,
e temos,
e teremos.


Quero lamber, de ponta a ponta,
cada resquício dos líquidos que emanamos,
quando gememos, quando gozamos,
confie em mim,
quando digo,
que minha mão vai caminhar em seu corpo,
e levá-la ao céu.


Serei o seu Deus. E vou fazê-la perder o Mundo.

Quero tanto beijá-la,
misturar nossas salivas,
ouvi-la gemer por mais,
oh mais, como eu quero que você peça mais e mais.


Quero tanto sugá-la,
sentir o seu gosto,
sentir suas mãos na minha nuca, empurrando
pressionando,
fazendo com que minha boca gritando dentro de você faça você gritar.


Eu quero tanto tocá-la,
vê-la,
quero deflorar seu corpo com o meu.


E o único som que quero ouvir é meu corpo chocando-se ao seu.


Serei o seu Deus. E vou fazê-la derreter por dentro, e vou me derreter junto.

Três colheradas de sabor


Quero que a vida seja como um pote de sorvete.
Um sorvete napolitano daquele bem gelado,
que dói os dentes quando levamos a boca.


Quero pegar uma colher e enfiar bem fundo,
até que meus dedos toquem no sorvete e se manchem só para eu poder lambe-los,
quero provar de cada mínimo sabor da vida,
bem, bem lentamente.


Quero provar da excitação escondida,
do abraço e afago,
quero lambuzar o rosto com o gosto,
adocicado da vida.
Quero me encher do sorvete,
até passar mal, porque viver não é sempre gostoso.


Quero me arrepender,
de ter comido tão de pressa aquela parte,
e deixado o que não gostava só pro finalzinho,
quero dar uma, duas, três colheradas,
sentir meus dentes doerem com o ar gelado na boca,
ah, como eu quero provar desse sorvete.


Quero passar o resto do tempo só degustando,
cada pedaço dessa gostosura inumana,
não me importando com nada,
ah, quero tanto.

Mas quando o sorvete acabar,
você deve se perguntar,
então só vai me restar recordar,
tudo que provei, dar sorrisos com os sabores bons,
e gargalhar das idiotices e coisas ruins,
porque o gosto do momento sempre passa,
mas a memória do que provamos é eterna.



terça-feira, 1 de outubro de 2013

Apaixonado



Você é como o toque da brisa,
beijando-me suavemente no raiar do sol.


Você é como o toque salpicado dos espirros do mar,
reconfortante, leve com um simples encostar.
Me faz sonhar, suspirar e arfar.


Você é como o céu,
de beleza tão infinita,
olho, deslizo o olhar e não consigo encontrar fim,
à esse amor que brota em mim.


Você é como o universo,
um ser tão misterioso,
mas tão vivente, explosivo, maravilhoso.
Que mesmo em silêncio me faz pensar,
que não a mais nada para fazer além de te amar.


Você é como aquele doce de quando criança,
uma preciosidade sem preço,
que com apenas o cheiro me fazia tremer de animação,
como se nada mais importasse,
como se tudo se resumisse aquilo,
mas para mim, tudo realmente se resume a você.


Você é como o tudo,
tão difícil dizer, discernir, 
como se tudo dito não tivesse valor algum,
não consigo sequer compreender,
como deste jeito bobo,
pude me apaixonar assim, 
como fui amar você.